Ilhas de Calor, ventos, tempestades: Manchas Urbanas
Continua a temporada de intervenções até 6ª feira, dia 25/10.
Início do PERCURSO: Estação Mercado do Trensurb, SEMPRE às 16h
Foto Fabrício Simões
Desde o dia 14 de outubro, o Centro de Porto Alegre recebe cinco performances, em cinco pontos distintos: Estação Mercado do Tensurb, seguindo para a Rua Vigário José Inácio (calçadão), na sequência, à Praça Otávio Rocha; ao térreo da Galeria Chaves e, por fim, no calçadão da Rua Uruguai.
A cada dia, um solista realiza sua performance, em um dos pontos.
Algumas pessoas acompanham o trajeto do início ao fim, para ver todas as performances, mas, o mais interessante do trabalho tem sido encontrar as pessoas pelas ruas...
O que inspira cada bailarino / criador?
Eduardo Severino, idealizador do Manchas Urbanas, se inspira no fenômeno "Ilhas de Calor"; o sufocamento causado pelo desequilíbrio climático. A sensação térmica experimentada pelo corpo nas grandes cidades, por causa desse sufocamento e da poluição do ar.
Foto Carla Magalhães
Luciano Tavares se sensibiliza pelo derramamento de petróleo, pelo consumo excessivo desse combustível e o desequilíbrio que isso gera no mundo. O movimento dos pássaros que ficam presos, nos derramamentos de óleo, em nossos oceanos serviram de inspiração para sua pesquisa de movimento.
Foto Fabrício Simões
Cibele Sastre, constrói seu solo em crítica ao consumo de plástico; o corpo feminino entrando na lógica do consumo imediato e desenfreado... E o plástico torna-se corpo: enchimento / esvaziamento... O funk composto por Leonardo Dias, que assina a trilha do Manchas Urbanas, complementa a ideia, de uma maneira original.
Foto Joel Vargas
Andréa Spolaor, se inspira nos ventos, nas tempestade, nos tornados; na imprevisibilidade e nas transformações causadas na natureza, no corpo das pessoas e nas cidades por esse fenômenos. A trilha sonora é feita ao vivo, pelos outros artistas do projeto, com canos, mangueiras e outros objetos, os quais geram sons inusitados e sublinham o conteúdo do trabalho.
Foto Joel Vargas
Luciana Paludo se intriga com a quantidade de lixo que produzimos. E, só há uma saída: tratarmos
nossos dejetos; reciclar. O processo de reciclagem tem relação com "comprimir
os materiais, para depois expandi-los, em outras formas". E é dessa "compressão / expansão" que surge o material de pequisa de seus movimentos.
Foto Joel Vargas
"A pele comprime / a cidade comprime / expande-comprime / pele-cidade / felicidade / fé na cidade", diz a letra da música do solo de Luciana.